Caminhos tomados por lideranças nacionais do PSDB desagrada diretório do MS

Os caminhos tomados por lideranças nacionais do PSDB para o futuro do partido não estão agradando o diretório em Mato Grosso do Sul. O PSDB tentou aliança com PSD e MDB, mas não emplacou e a possibilidade de fechar com partido menor desagrada a direção local, que já prepara saída.

Atualmente, o diretório nacional do Podemos trabalha por uma fusão ou federação com o Podemos, o que na avaliação das lideranças tucanas de Mato Grosso do Sul não seria a melhor opção, porque o partido continuaria pequeno.

O diretório do PSDB em Mato Grosso do Sul defende uma aliança com o PSD, que acabou não avançando por desentendimento na forma que seria feita. O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, sugeriu uma incorporação, não aceita por lideranças tucanas, que avaliam o partido como muito grande para simplesmente desaparecer.

O PSDB também tentou acordo com o MDB, que até agora não saiu do papel. Com dificuldade de entendimento com partidos médios, o PSDB procurou partidos menores e está muito perto de fechar com o Podemos, o que pode gerar uma debandada dos tucanos de Mato Grosso do Sul.

Conforme apurado,  se confirmada parceria com o Podemos, a ala do PSDB ligada a Reinaldo Azambuja (PSDB) sairá do PSDB. É grande a chance de apenas o deputado estadual Pedro Caravina (PSDB) continuar no partido. Ele ajudou a construir a sigla no Estado e, inclusive, participou do encontro de Renata Abreu com Riedel.

Zé Teixeira (PSDB) já anunciou que deixará o PSDB na primeira oportunidade de sair sem perder o mandato. Ele deve se filiar ao PL. Os outros quatro deputados devem acompanhar Riedel e Reinaldo. Lia Nogueira, Jamilson Name e Paulo Corrêa devem disputar a reeleição. Já Mara Caseiro pretende disputar o cargo de deputada federal.

Como fica a fusão PSDB/Podemos?

Na eleição do ano passado, o Podemos teve 236,66 milhões de reais de fundão eleitoral, o oitavo maior do País, enquanto o PSDB teve o décimo, com 147,95 milhões. Juntos, eles somariam R$ 381,1 milhões, chegando ao sétimo lugar, próximos ao MDB, com R$ 404,6 milhões.

Em relação ao fundo partidário, juntos, com 57,2 milhões de reais do Podemos 33 milhões do PSDB, eles chegariam ao quinto maior do País, ultrapassando Republicanos ( R$ 83,6 milhões), MDB (R$ 81,3 milhões) e PSD (R$ 80 milhões).

Juntos, os dois partidos chegariam ao comando de 401 prefeituras: 274 do PSDB e 127 do Podemos. Com isso, ficariam na sétima colocação do País em número de prefeitos.

Interesse nacional

O PSDB de Mato Grosso do Sul é o maior reduto tucano no País, com 45 dos 79 prefeitos do Estado, atualmente. Com a saída da governadora de Pernambuco, Raquel Lira, que se mudou para o PSD, o partido tem apenas o Estado do Mato Grosso do Sul comandado por Eduardo Riedel e o Rio Grande do Sul, comandado por Eduardo Leite.

A hegemonia tucana no Estado provoca interesse de lideranças nacionais, que  desembarcaram no Estado nos últimos dias. O primeiro foi Kassab, que participou de encontro na casa do governador Eduardo Riedel (PSDB). Kassab falou da aliança, mas também convidou Riedel para se mudar para o PSD.

Na sequência, Riedel recebeu a presidente nacional do Podemos, Renata Abreu,  para falar da possibilidade de fusão das duas siglas. Esta reunião não teve a participação de Reinaldo Azambuja (PSDB), presidente do partido no Estado.

O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, também esteve em Campo Grande e prometeu tomar a decisão ainda neste semestre. Na ocasião, os tucanos de Mato Grosso do Sul se mostraram mais simpáticos à aliança com o PSD.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *