“Açúcar sul-mato-grossense na Europa”: usina de MS investe R$ 130 milhões e faz primeira exportação

Quando a primeira carga de 7 mil toneladas de açúcar VHP deixou Mato Grosso do Sul rumo à Suíça, o empresário Daniel Gadotti sabia que não era só um embarque qualquer. Era o começo de uma nova fase para a Fátima do Sul Agro-energética, usina localizada a 239 km de Campo Grande, que decidiu diversificar sua produção e entrar no mercado global de exportação. “O etanol sempre foi o carro-chefe, mas a gente precisava dar um passo adiante. O açúcar nos permite expandir e trazer mais estabilidade ao setor”, afirmou Gadotti.

A mudança veio acompanhada de R$ 130 milhões em investimentos, destinados à ampliação da área industrial e à construção de novos armazéns. O plano é ambicioso: na safra 2025/2026, a produção deve chegar a 160 mil toneladas. Para uma usina que já opera desde 2011 e processou 2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na última safra, a aposta no açúcar não é apenas uma novidade — é uma estratégia para consolidar Mato Grosso do Sul no cenário internacional do setor sucroenergético.

Governador e ministra acompanham nova fase da usina – A entrada da Fátima do Sul Agro-energética no mercado de exportação não passou despercebida. Na última sexta-feira (14), o governador Eduardo Riedel, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e a senadora Soraya Thronicke estiveram na usina para acompanhar o embarque da primeira carga e inaugurar o acesso asfaltado ao complexo industrial.

O governador Riedel ressaltou o impacto da usina no desenvolvimento econômico do Estado e reforçou o papel de Mato Grosso do Sul no mercado global. “Estamos vendo um setor que cresce, se moderniza e se posiciona cada vez mais forte no cenário internacional. O açúcar, o etanol e a energia renovável são protagonistas na transição energética e na segurança alimentar. E Mato Grosso do Sul tem mostrado que sabe ocupar esse espaço”, disse o governador.

Já a ministra Simone Tebet destacou a importância da diversificação na economia local: “O Brasil é um dos grandes produtores de açúcar do mundo, e ver Mato Grosso do Sul entrando nesse mercado com força é um sinal claro de que estamos ampliando nossa competitividade. Esse investimento fortalece não só a indústria, mas toda a economia regional”.

Empregos, investimentos e impacto regional – A aposta no açúcar já tem reflexos diretos na geração de empregos. Atualmente, a usina emprega cerca de 1.000 trabalhadores diretos e fortalece a economia de Fátima do Sul e municípios vizinhos. O setor sucroenergético, que já era um dos pilares da produção industrial do Estado, se expande ainda mais com a entrada da usina no mercado internacional.

O presidente da Biosul, Amaury Pekelman, avalia que a diversificação não apenas garante mais segurança para os negócios, mas também impulsiona Mato Grosso do Sul no ranking nacional de produção. “Mesmo com um perfil voltado historicamente para o etanol, a ampliação para o açúcar traz novas oportunidades. O setor sucroenergético de MS está consolidando sua força no Brasil e lá fora”, afirmou.

A cerimônia também reuniu o secretário da Casa Civil, Eduardo Rocha, o deputado federal Geraldo Rezende, e os deputados estaduais Londres Machado, Jamilson Name, Pedro Pedrossian Neto e Zé Teixeira, além do ex-governador André Puccinelli e representantes da Usina Laguna.

A primeira carga partiu. Mas, para a Fátima do Sul Agro-energética, este foi só o começo de uma trajetória que pretende colocar Mato Grosso do Sul entre os principais exportadores de açúcar do país.

 

 

 

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