Rebanho bovino no Nordeste cresce 30 % e marca mudança no perfil produtivo

O rebanho bovino no Nordeste cresceu 30% nos últimos cinco anos, atingindo 28,482 milhões de animais, superando o plantel do Sul do País, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A evolução é reflexo dos investimentos dos produtores da região no melhoramento genético dos animais voltados para produção de carne e, consequentemente, ampliação no volume produzido.

De acordo com dados do IBGE sobre o abate de animais, a região Nordeste abateu 808.510 bovinos no segundo trimestre de 2024. Em 2018, no mesmo período, foram abatidos 712.205 animais, um aumento de 13,52%. O crescimento é ainda maior se analisada a produção de carne, o peso das carcaças abatidas passou de 170,3 mil toneladas para 253,8 mil toneladas, alta de 48%.

O CEO da erural, Matheus Ladeia, explica que esse ganho de produtividade é reflexo justamente dos investimentos em melhoramento do rebanho. “Quando se investe em genética, no selecionamento de animais, em reprodução assistida, é possível melhorar o desempenho de ganho de peso, reduzir o tempo de produção e produzir carne de qualidade superior. O Nordeste passa por este movimento de mudança de perfil produtivo, intensificando a pecuária de corte com foco no mercado de carnes”.

O pecuarista Rodrigo Brüner, da Tulipa Agropecuária, explica que há quase 30 anos o grupo vem investindo no melhoramento genético com foco no desempenho dos animais. Para isso, além da seleção, também buscaram parcerias para realização de pesquisas e para a certificação dos resultados.

“A consequência desses investimentos vem com animais com maior precocidade, maior peso ao desmame, temperamento dócil e com animais prontos para abate com no máximo 24 meses. Os resultados podem ser conferidos dentro e fora da porteira”, explica Rodrigo.

De acordo com Matheus Ladeia, com a internet e a inovação tecnológica, produtores do país inteiro já podem acessar as ferramentas tecnológicas disponíveis para o melhoramento genético. “Antes o pecuarista ia até o produtor de touros e matrizes, precisava conhecer a fazenda. Agora, com os leilões digitais e a comercialização on line, é possível escolher, na palma da mão, o fornecedor que atende as demandas de acordo com sua realidade, com perfil da propriedade”.

 

 

 

ibge

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