Mato Grosso do Sul está em festa, completando 47 anos de criação em 11 de outubro, e não é só por isso que o estado anda chamando atenção. Nos últimos tempos, ele se tornou o “queridinho” de quem busca novas oportunidades de investimento no Brasil. E se você nunca pensou nisso, talvez seja hora de mudar de ideia.
Com uma economia que cresce rápido, muitas oportunidades de emprego e uma indústria em expansão, MS — como o pessoal costuma chamar por aí — parece estar no lugar certo, na hora certa. Mas afinal, o que faz do estado um campo tão fértil para negócios? Vamos te contar de forma simples e direta o que está rolando por lá e por que tanta gente anda de olho nessa região.
Crescimento rápido, muito além da média
Quando falamos de economia, sempre surge aquela palavrinha difícil: PIB, ou Produto Interno Bruto, que é, basicamente, a soma de tudo o que é produzido em uma região. É um jeito de medir o tamanho da economia de um lugar. E adivinha só? Enquanto o Brasil como um todo avançou a uma média de 0,6% por ano entre 2010 e 2021, Mato Grosso do Sul deu um salto de 2% ao ano. Pode parecer pouca diferença, mas esse crescimento foi três vezes maior do que o nacional, o que faz uma enorme diferença ao longo dos anos.
Se olharmos o PIB por pessoa (ou PIB per capita), o estado está entre os mais ricos do Brasil, ocupando a sétima posição. Isso significa que a riqueza produzida por lá é bastante significativa, especialmente quando comparada com outros estados.
PIB de MS cresceu 2% ao ano entre 2010 e 2021, cerca de três vezes mais que o índice nacional no mesmo período
Empregos a todo vapor
Além do crescimento econômico, o estado tem outra vantagem que atrai investidores: a criação de empregos. No primeiro trimestre de 2024, a taxa de desemprego ficou em apenas 5%. Esse número coloca Mato Grosso do Sul no time de elite dos estados com “pleno emprego”, que é quando praticamente todo mundo que quer trabalhar consegue uma vaga.
E não é só isso: 66,1% da população que está em idade para trabalhar já está empregada. Isso coloca MS entre os seis estados com maior participação de trabalhadores no mercado. Ou seja, quem quer trabalho por lá tem uma boa chance de encontrar. Para investidores, isso é ótimo, pois indica um mercado em expansão e com mão de obra disponível.
A força da indústria
Uma das razões desse crescimento é a indústria. Mato Grosso do Sul deixou de ser só o estado do boi e da soja e passou a ser um lugar com um setor industrial forte e diverso. Um indicador importante para medir isso é o Valor da Transformação Industrial (VTI), que mostra o quanto a indústria consegue agregar valor aos produtos. Entre 2010 e 2022, o VTI de MS cresceu 170,6%. Para comparar, o crescimento da média nacional foi de apenas 34,7%.
O que isso significa? Que as fábricas e indústrias do estado estão produzindo cada vez mais e agregando valor aos produtos que saem de lá. A produção de celulose, por exemplo, é uma das maiores do Brasil, com o estado sendo responsável por 29% da produção nacional.
Gráfico mostra que o Valor da Transformação Industrial (VTI) de MS cresceu 170,6% entre 2010 e 2022
Do boi e da soja para o futuro sustentável
Se por muito tempo Mato Grosso do Sul era conhecido pelo gado e pela soja, hoje essa imagem já ficou para trás. O estado diversificou suas atividades e agora brilha também em setores como o de celulose e etanol. Só para você ter uma ideia, MS tem a segunda maior área plantada de eucalipto do Brasil, e a produção de celulose de lá é gigante. Esse setor vem crescendo e ajudando a trazer mais dinheiro e empregos para a região.
E não é só o eucalipto que anda rendendo frutos. No setor de açúcar e etanol, MS é um dos líderes nacionais. Eles têm a quarta maior área plantada de cana-de-açúcar do Brasil e produzem mais de 2,9 bilhões de litros de etanol por ano. Além disso, o gado ainda é super importante. O estado tem o quinto maior rebanho bovino do país, com mais de 18 milhões de cabeças de gado, e segue firme como um grande exportador de carne.
Novas indústrias, mais empregos
Se o presente já parece bom, o futuro promete ser ainda mais promissor. Até 2028, várias novas indústrias estão se preparando para desembarcar em Mato Grosso do Sul. Elas vão desde fábricas de celulose até usinas de etanol e de processamento de soja. A expectativa é que esses novos empreendimentos gerem mais de 12 mil novos empregos em diversas cidades do estado.
Além disso, o setor de mineração também está no radar, com planos para aumentar a produção de minério de ferro e manganês. O cenário para os próximos anos parece muito favorável, tanto para quem mora no estado quanto para quem está pensando em investir por lá.
Mato Grosso do Sul possui uma das menores taxas de desocupação do Brasil, ao mesmo tempo que apresenta um dos maiores índices de participação no mercado de trabalho
Meio ambiente na pauta
E tem mais um ponto importante que ajuda a colocar MS na mira dos investidores: a preocupação com o meio ambiente. O estado tem uma área de floresta e matas nativas bem preservadas, e a expansão da produção, principalmente de celulose, tem sido feita de forma sustentável. O uso de eucaliptos plantados, em vez de madeiras nativas, é uma das soluções encontradas para manter o equilíbrio entre crescimento econômico e preservação ambiental.
Esse compromisso com o meio ambiente é cada vez mais valorizado, tanto aqui no Brasil quanto lá fora. Empresas que se preocupam com sustentabilidade veem em Mato Grosso do Sul um ambiente propício para investir, sabendo que é possível crescer sem destruir a natureza.
Vale a pena?
Então, se você achava que Mato Grosso do Sul era só um estado no meio do caminho, é hora de rever seus conceitos. O estado está crescendo rápido, gerando empregos e diversificando sua economia. Além disso, está conseguindo equilibrar esse desenvolvimento com a preservação do meio ambiente, o que é um grande diferencial nos dias de hoje.
Para os investidores, MS é uma terra de oportunidades. E para quem vive por lá, o futuro parece promissor, com mais empregos, uma economia dinâmica e a certeza de que as coisas estão no caminho certo. Afinal, ser a “bola da vez” não é à toa.